10 mai 2021
  10h00 à 16h00
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Axe.s : EL
▸ Journée d’étude

La journée d’études s’inscrit dans le prolongement de la rencontre sur les fruits américains du 25 mars 2019 (Frei Antônio do Rosário et les fruits de l’Amérique latine).

https://us02web.zoom.us/j/83155919406

Organisé par Jessica Assard, Maria-Benedita Basto, Nataly Jollant et Michel Riaudel

Plantes, circulations, transformation des savoirs. 10h – 12h30.

Romain Bertrand (Sciences Po, CERI)

Les mots pour le dire : la description naturaliste entre art et science (XIXe-XXe siècle)

Cristiana Bastos (Universidade de Lisboa, ICS),

« O $abor do a$$úcar: circulações, porosidades imperiais e produção de categorias raciais »

Marion Pellier (Tours, Centre d’Études Supérieures de la Renaissance),

« Pratiques et savoirs médicinaux dans l’espace lusophone : le cas du Brésil (XVIe-XVIIe siècles) »

Les Portugais débarquent au Brésil en avril 1500 : les premières lettres envoyées au roi D. Manuel montrent immédiatement que de nouvelles terres, une nouvelle faune et une nouvelle flore sont « découvertes ». Les contacts avec de nouveaux peuples, et par conséquent avec de nouvelles maladies, obligent les Lusitaniens à rapidement acquérir de nouvelles connaissances afin de s’adapter aux conditions de vie locale, bien différentes de la métropole. Cette communication portera donc sur l’existence, ou non, d’une hybridation des connaissances et des savoir-faire médicaux et médicinaux luso-brésiliens. En d’autres termes, l’objectif est de savoir si, par exemple, Galien et Théophraste sont devenus des « Pères de la médecine et de la botanique » au Brésil et si au contraire le savoir européen a lui aussi progressivement subi des modifications durant les deux premiers siècles du Brésil colonial. Les flores brésilienne et européenne étant vastes, le propos se concentrera sur l’étude de quelques plantes.

 

Ethnographie des usages des plantes. 14h-16h

Wanda Araújo

Yalorixá, jornalista, educadora e gestora do coletivo Centro de Tradição Afro Brasileira Egi Omim), « Kosi ewé, kosi orisá – sem folha não tem orixá : saberes e usos das plantas no terreiro Ylê Asè Egi Omim de Santa Teresa, RJ ».

« Para o povo preto, se a memória pode ser considerada uma forma de escrita, sua grafia está sem dúvida localizada e incorporada no próprio corpo, pulsando de forma viva: com casca, limo e raiz. » Através dessa metáfora referente à memória coletiva, vemos como as ervas e plantas são elementos incontornáveis para pensar as religiões de matriz africana. Nessa apresentação, falaremos da transmissão e da prática dos saberes ligados ao mundo vegetal no terreiro de candomblé. Abordaremos por esse viés assuntos fundamentais para pensarmos a relação do humano com as plantas, tais como a farmacopéia e a necessária preservação do meio ambiente. Consequentemente, veremos também como o interesse pela relação entre humanos e plantas permite discutir questões eminentemente sociais como a valorização de saberes ainda hoje pensados como « alternativos » ou « holísticos », envoltos pelo preconceito e o racismo ao qual seus detentores são submetidos.

Marta Amoroso (USP-FFLCH, CESTA),

“Vozes vegetais. Cantos de resistências indígenas, quilombola e dos trabalhadores sem terra no Brasil”

As apostas na monocultura de empresas do agronegócio no Brasil contrastam há séculos com filosofias e práticas milenares dos povos indígenas e tradicionais de promoção da biodiversidade, enquanto expressão de outros modos de vida e de resistência política. Esta apresentação retoma o encontro de acadêmicos de diferentes áreas disciplinares, povos indígenas, quilombolas e trabalhadores do movimento sem terra (MST) que se deu no Fórum Vozes Vegetais (USP/UNICAMP, Brasil 2019), coletânea publicada no ano seguinte no Brasil. No volume, onde se refletiu sobre a diversidade das formas de interação com os vegetais, a sensibilização para com as relações multiespecíficas sugere metodologias de pesquisa etnográfica onde linguagens e modelos se constroem com e a partir das plantas.

Mauricio Vieira lira, en guise de clôture, quelques extraits de son dernier recueil, Floresta, illustré par Jonathas Martins (ed. Raiz, 2021)

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