14 novembre 2025
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Journée d’étude

Penser le romantisme aujourd’hui. À l’occasion du bicentenaire de la publication de Camões d’Almeida Garrett et de la naissance de Camilo Castelo Branco

14 novembre 2025

Salle des Actes

Sorbonne Université

54, rue Saint-Jacques

75005 Paris

 Cette journée d’étude se propose de rapprocher les figures d’Almeida Garrett et de Camilo Castelo Branco, en mettant également en parallèle l’œuvre inaugurale du romantisme portugais, le poème Camões, publié en 1825 par Garrett — qui marque un premier moment de cette période — et la figure, plus difficile à classer, de Camilo, auteur protéiforme associé à une autre phase historique, s’étendant sur la seconde moitié du siècle et comprenant aussi l’expression romantique dans le domaine de la fiction. Entre ces deux moments, entre poésie et roman, c’est bien le geste suggéré par le titre Penser le romantisme aujourd’hui que nous souhaitons mettre en avant : celui qui souligne l’extrême hétérogénéité littéraire du XIXᵉ siècle et de ce que nous définissons aujourd’hui comme « romantisme ».

La coïncidence avec une autre commémoration — le cinq-centième anniversaire de la naissance de Luís Vaz de Camões, figure centrale pour le romantisme portugais — nous invite à réfléchir, de la poésie à la prose, en passant par des formes dramatiques ou hybrides, à l’héritage du romantisme comme faisceau de questionnements susceptibles de nourrir une lecture critique féconde dans notre contemporanéité. La proposition est donc double : il s’agit à la fois de penser ce moment historico-littéraire dans sa temporalité propre, et d’explorer, comme l’a suggéré René Wellek, la possibilité d’y voir un moment fondateur de la modernité, dont les résonances dépasseraient le seul XIX siècle. À une époque où la narration — aussi bien en poésie qu’en prose, notamment dans les domaines autobiographique et non fictionnel — occupe une place centrale dans la production littéraire, il devient peut-être particulièrement pertinent de revisiter l’héritage romantique. Autrement dit, d’interroger les formes d’énonciation, les notions liées à la subjectivité, et cette relation si complexe et féconde entre monde et individu, entre réel et fiction.

 

Jornada de estudos

Pensar o Romantismo hoje. Nos 200 anos da publicação de Camões, de Almeida Garrett, e do nascimento de Camilo Castelo Branco

14 de novembro de 2025

Salle des Actes

Sorbonne Université

54, rue Saint-Jacques

75005 Paris

Esta jornada de estudos propõe aproximar os nomes de Almeida Garrett e Camilo Castelo Branco, pondo ainda lado a lado a obra inaugural do Romantismo português, o poema Camões, publicado em 1825 por Garrett, que marca um primeiro momento deste período, e a figura multifacetada e de mais difícil classificação de Camilo, associada a um outro momento histórico, que se estende pela segunda metade do século e abarca também a expressão Romântica no domínio da ficção. Entre uma fase e a outra, entre a poesia e o romance, o gesto que nos interessa reivindicar é precisamente o do título Pensar o Romantismo hoje, isto é, o de sublinhar a grande heterogeneidade literária do século XIX e daquilo que definimos, na actualidade, como Romantismo.

A confluência com uma outra efeméride, a das comemorações do quinto centenário do nascimento de Luís Vaz de Camões, figura central do Romantismo português, convida-nos a pensar, da poesia à prosa, passando por formas dramáticas e híbridas, a herança do Romantismo como um feixe de questões que pode ter uma fertilidade crítica particular na nossa contemporaneidade. A proposta é, então, dupla: tanto a de pensar este momento histórico-literário na sua circunscrição temporal quanto a possibilidade, levantada por René Wellek, de o entender como um momento fundador da modernidade, com reverberações que ultrapassam o século XIX. Num momento em que a narrativa, tanto na poesia quanto na prosa, em particular no campo autobiográfico e da não-ficção, ocupa um lugar de destaque na produção literária, talvez se torne especialmente pertinente interrogar a herança romântica. Isto é, interrogar precisamente a enunciação, noções ligadas à subjectividade, e essa relação, tão complexa e tão profícua, entre mundo e indivíduo, entre real e ficção.

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